15 de maio de 2010

Os doces que a gente esquece.

De lei é trocar o chá mate docinho pelo café margoso quando a gente cresce.
Talvez foi assim e sem saber que deixei pra lá o gosto pela bolacha recheada e viciei-me naquela sem sal - água e sal com margarina. Mas deve ser a falta de vontade ou a pressão das responsabilidades e sociedade em cima da gente que me fez não mais comer meus doces preferidos, balas, chicletes, chocolates.
Mesmo é que não queria isso pro meu amadurecimento, tanto porque ainda gosto do leite fermentado e ainda bebo danone pelo bico e não de colher. Troco até propositalmente o almoço por um pacote de bolacha, ás vezes um salgadinho.
Acontece que a gente esquece das coisas boas da vida quando a gente tá adulto ou querendo ser um. E não são só as comidas deliciosas das tias que a gente esquece, mas também as brincadeiras, os sorrisos, a inocência, a arte de ser feliz e a doçura. Meu medo é perder tudo isso e concentrar-me ali, no café.

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Mariana Lopes

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