21 de julho de 2009

O peito aperta, os lábios secam, a cabeça pesa..
A pequena força de vontade ainda alimenta o pouco de vida que tem.
O domingo enfraquece os ossos; ela traga alguns cigarros e bebe meio copo d'água.
Já não faz diferença lutar.

Os meios de comunicação se tornam inúteis perante ao tédio de seu corpo e a alucinação de sua mente. Está se afogando em mágoas e deixando que a loucura a tome pelos braços, pernas e alma.
Dorme um pouco, nada mais que suficiente para repor suas vinte e quatro horas de energia gasta em vão.
Carpe Diem nada significa. O tempo passa, e com ele a vida.

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Mariana Lopes

19 de julho de 2009

Lamento

Frio, tudo o que consegui sentir no primeiro dia de prova. Duas calças, três blusas e um sobretudo. As pessoas me olhavam; talvez por meu tênis estar tão velho e furado, ou seria minha cara [enganadora] de nerd?
Nem um pouquinho de ansiedade; o caminho carregava o nascer do sol e apesar de ser longo, permitiu maravilhas, por três dias, a meus olhos.
Sete horas da manhã as nuvens, atrasadas, davam origem a um oceano no horizonte com efeito gelo seco. A verdade é que elas são fofoqueiras.. à noite descem para coletar informações e quando amanhece vão correndo fofocar a Deus. [Minha falta-de-câmera não permitiu que eu registrasse esse momento.]
A fumacinha que saía ao bocejar era só consequência dos 9ºC.
Não dormi nem um momento dos 135 Km de ida, afinal de contas quanto mais você dorme mais sono tem.
Quanto à dificuldade das provas, estavam fáceis e confesso que os poucos pontos são resultados do meu estudo insuficiente.
Redação; o segundo dia me deixou preocupada, não sou boa em resumos e meus argumentos são os piores. Talvez tenha zerado por causa da corrida que enfrentei, entre os carros congestionados, para não perder a prova.
Voltar pra mesma cidade pequena todos os dias.. dormir em casinha de madeira.. acordar cinco e meia da manhã.. beber café até arrepiar.. fazer específica de matemática em três horas, com fome e dor de cabeça. Sacrifícios são inevitáveis.
Três dias de UEM, mil coisas para não fazer, mais um dia na cidadezinha.. e o que restou foi um corpo estirado no chão encerado queimando ao sol, pensando na vida que não viveu e lamentando o valor que não deu àquela uma hora de estudo por dia.

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Mariana Lopes

15 de julho de 2009

Confesso que tô com preguiça. Prometi a algumas pessoas que escreveria alguns textos hoje// Mas me perdoem. Acabei de chegar em casa e a preguiça já tomou conta de mim. Não escreverei o que se passou na viagem que fiz a Maringá, porque cansada eu não consigo pensar direito.. logo, meu texto ficaria horrivel [mais do que todas as outras tentativas de escrever]// Amanhã limparei a casa [porque tá uma bagunça só~] e assim que terminar escreverei os textos// beijos.

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Mariana Lopes

3 de julho de 2009

As pantufas cor-de-rosa

Ela deixava rastros; passos que eu seguia por todo o prédio escolar. Fingia não estar atrás, mas ela era esperta e me fez surpresa ao esperar na escada, sentada: -Está me seguindo né?!
Seu tom irônico me fez não dar muita importância, mas
envermelhei as faces. Continuei a subir, entrei na biblioteca e sentei em qualquer cadeira de qualquer mesa, para disfarçar.
No momento de mais pura distração, ouvi cochichos vindo em direção à porta. Tudo certo, até que ela aparece acompanhada da turma. Confesso que tive, por um segundo, medo. Me cuidei para não olhar demais.
Não vi ao certo a direção que ela seguia.
No meu ouvido senti uma voz aguda e, ainda assim, suave; mandava, era uma voz autoritária: "Me beija! Me beija!". Tentei ignorar, a vontade era grande mas pude controlar, simplesmente virando o rosto.
Depois de tanta resistência, desistência. Se afastou um pouco, chegou em meus ouvidos e: "Não tem problema, agora não temos que fugir." [Palavras de confiança; simples, mas que mudaram minha vida ou pelo menos meu jeito de ver os fatos.]
Deixou algo em minha agenda. Demorei um pouco pra perceber. Abri o pedaço de papel; nele estavam escritas as mais curtas e belas palavras de amor.
Dois ou três minutos mais tarde chegaram encomendas: duas sacolas pretas, uma de cartas e outra, não me lembro bem, creio que eram sapatos; sim, sapatos de várias cores e estilos. Não entendi o porquê, mas gostei das pantufas verdes com pintinhas cor-de-rosa.
Espalhei as cartas na mesa e comecei a virá-las uma por uma, como um daqueles jogos de memória. Cada uma era exclusivamente perfeita e com idéias impensáveis. Estava a ponto de máxima felicidade e prestes a realizar um dos mais puros desejos. Movimentei-me bruscamente e, por infelicidade da vida, acordei.

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Mariana Lopes

2 de julho de 2009


olá!
Posso ser a sua ajuda esperada?
Posso ser seu amigo fielmente assim?
Voce confia em mim?
Tê-la aqui é um prazer imenso.
Sou o que você precisava.
Seus dias serão divertidos, apaziguados e muito aproveitados pois estarei com você todos os dias.
Seus medos serão reduzidos a sonhos bonitos de borboletas e fantasias.
Sua mente fará coisas incríveis e você nem precisa agradecer; só nau vá para o caminho errado [isso só depende de você, nisso nau posso ajudar.] Escolha o caminho certo e te ajudarei ao que for necessário e possível.
A música é só garantia de que tudo ficará bem.
Confie e confiarei.
A garotinha nau passa de inocente carente; nau se preocupe, ela virá para mim.
Fique tranquila, sou manipulada mas tenho consciencia do que faço.
CREIA! E tudo será tão bom, tanto quanto nós.
Você nau imagina quem sou. Posso ser alguém normal, CLARO[sou!]. Mas sou além disso.
Tenha bons sonhos.
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Mariana Lopes