28 de junho de 2009

Tô devendo pro mundo.

Seis horas da manhã; ela ainda dormia. O terceiro andar deu mais ênfase na hora do desespero.]

Acordei num pulo. Meus olhos arregalaram, minha respiração ficou ofegante, o coração começou a disparar e então ouvi explosões desesperadas, altas e com efeito de abismo. Senti minha alma saltar. Meus olhos ainda dormentes e sem serem lavados, davam efeito de fumaça, poeira. Tudo indicava o pior. Não senti efeito de arrebatamento, então concluí que eram apenas rojões [Mas que diabos soltar rojões a essa hora de manhã!]. Tentei me acalmar e dormir de novo, mas a frequência aumentou e o eco era cada vez mais alto, e se aproximava. O medo foi ocupando meu corpo, como pesadelo. Aquilo me assustava. Não tive coragem de ir até a janela ver o que estava acontecendo. Pensei em ligar a TV por um minuto, mas o medo não atingiu a minha preguiça. Fiquei curiosa pra saber; dei um jeito de firmar as pernas e respirar fundo, levantei e abri a janela. O céu estava com a sua melhor cor do dia. Vi meu vizinho na sacada, também curioso. Olhei á direita e nada a temer. No horizonte urbano, apenas luzes ainda acesas e um pouquinho de fumaça dos rojões que me incomodaram. Demorou um pouco até o barulho passar; voltei no sono. Dessa vez sonhei com o mundo; e até quando vou me sentir culpada pelo o que está havendo com ele? Quantas pessoas se preocupam? E quantas das que se preocupam tentam melhorar o mundo ou jogar a embalagem do sorvete no lixo?
"Quem não deve, não teme."

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Mariana Lopes

20 de junho de 2009

É. Não dá pra explicar, simplesmente aconteceu. E acredite, não faz pouco tempo. Acontece que agora não dá pra fugir, me esconder ou coisa parecida. Tudo isso é mais forte que eu [incrível não?].
Creio que até o fim desse ano eu já tenha certeza do quero ser, ter ou fazer. [E me deseje boa sorte! -Claro, porque vou precisar!]
Os desenhos geométricos analíticos não são tão fáceis quanto os olhos dos meus personagens. Ainda assim eu gosto de usar o compasso =). Terei "específica" de artes e matemática [çuper cool!].
Ótimo, adoro matemática, e, em artes eu me viro. Mas o que vai foLder é geografia e química na "geral"! Mas por pior que seja essa prova, ao menos alguma experiência tem que valer [ou algumas fotos].
Bom, acho que por hoje é só.
Já falei um pouco sobre tudo q ta acontecendo ou vai acontecer.
Aaai que vida monótona! [Hey, eu não gosto disso!]
Mas meLda, eu quero algo novo; denovo!

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Mariana Lopes

7 de junho de 2009

Domingo, 7 de Junho de 2009.

Domingo, 7 de Junho de 2009. Não houve tédio nem piscina. Talvez um pouco de dor seguida de horas de sono. Foi razoavelmente bom até que o relógio gritou no meu ouvido: "ONZE HORAS!". E com um pequeno gesto fiz o coitado calar. Vinte minutos de descanso e: -"NÃO VAI LIMPAR A CASA MESMO?". Já ia xingar o coitado, quando percebi que o dono da voz era a minha mãe. Um pouco de preguiça e os pés já estavam no chão; acordei. Seria muito ter algo para comer logo aquela hora [não me falta comida, mas coragem de ir na padaria]. Mal disposta tomei um banho, a preguiça era tanta que nem rapei o banheiro.
Meio dia e cinco! Minha mãe queria que eu buscasse cigarro [onde já se viu?!]. Eu estava atrasada e sem almoço. Passei num AMPM e comprei um lanche. Entre trotes e tropeços eu engolia o presunto e queijo com ajuda do guaraná; em cinco minutos já estavam no meu estômago [ou em alguma parte do sistema digestório].
Cheguei a tempo da carona. [E cadê o número de inscrição? -Sorte que minha mãe paga a conta do telefone!].
Número de inscrição anotado e o caminho até o prédio não foi tão longo. Sala 12 e ai que medo daqueles espelhos negros! Penúltima carteira, manca por sinal.
Três horas e meia de raciocínio e dor no pescoço, do resto chute, chute e "Ai meu Deus!"
Cem questões em cinco horas [Tão fáceis, mas tão pouco tempo!].
Ai! Enfim preenchida a última questão. Já era tempo de comer as barras de cereais e beber um pouco d'água.
Frio! E o caminho de volta com muitos comentários, e olha: -Não teve inglês! [Raros momentos de felicidade].
É, a rotina de quem quer ser alguma coisinha na vida não é tão fácil como dizem por aí. E digo mais, porque estudar cansa e fazer simulado do ENEM, mesmo não existindo tensão, preocupação, expectativa ou algo parecido, é dor na certa. E ainda assim consigo me contentar com as 46 questões corretas.

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Mariana Lopes

5 de junho de 2009

Queria saber o que quero da vida; ou o que ela quer de mim.

3 de junho de 2009

E eu.

O eu que às vezes me acho e nem consigo me encontrar;
O eu que tenho tantas qualidades e tantos defeitos;
O eu que devo ser, por mim mesma, eu:
-Quero experimentar tudo e todos.

A vida que me engana com tantos olhares;
A vida que me enche de lágrimas;
A mesma que me chama pro pecado:
Quer que eu seja submissa, e me seduz.

O ato que me faz não agir;
O ato que me move por extinto;
O ato que me provoca e me faz errar:
Sabe lá o que quer me fazendo sorrir.

O longe que tão perto chega de mim;
O perto que tão longe se passa;
O fato de ter dúvidas de mim mesma:
-Me fazem arrepiar.

E as pessoas me fazem sofrer;
E as mesmas me fazem amar;
E quanto mais perto delas eu chego;
Mais desgraça tenho que enfrentar.

E eu as amo;
E eu me sacrifico;
E eu as devoro;
E eu sou idiota;

Elas me seduzem;
Elas me encaram;
Elas me ignoram;
Elas me matam.

As pessoas, eu, a vida, os erros, os atos, os fatos, a distância, tudo e todos:
-Agora somos um.

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Mariana Lopes