12 de março de 2009

Método da Psicologia Reversa

Sentada no meu sofá [alaranjado encardido], olho para o teto branco e despejo minha vontade. No momento estou escrevendo e nada mais posso fazer. Meus desejos me consomem e eu acabo por destruída. Minha idade ajuda nada, mas minha mente tenta não escutar as ordens universais.
Me pergunto tanto "quanto tempo vai levar?" [Eles não respondem!]
Não sei se vou ou se fico. Qual seria melhor? [REALIZAR-SE]. Não se importam [nem eu], ESTÍMULO [existe?].
Meus traços infavoráveis ajudam a piorar tudo o que não conquistei [não teve conquista/fato].
A caixa tonta ainda me faz sorrir. =)
O palco deve ser mais uma alucinação da minha outra vida; e os escritos não me levarão tão longe.[M.P.R.].
As oportunidades [tão disputadas] são poucas, e você acaba tendo que fazer milagres [UM SONHO besta A MAIS?] -Sim. E talvez, por ser tão pessimista quanto ao otimismo, eu ainda esteja aqui, morgando minha vidinha de estudos e esportes sem muito sucesso. Pouca cultura. Zero-inteligência. Nenhum sentimento verdadeiro, e muita mágoa de quem fez ver a vida. Muita saudade daquele que poderia me apoiar. Muito F-R-A-C-A-S-S-O.
Se eu quisesse, faria tudo que queria, mas não quero; eu quero mais.
O nó da garganta só demonstra maior vontade; tanto de realização quanto de divulgação de quem omite.
Se eu tiver quinze minutos, destruo a revista. Sou incapaz de ser igual; mas queria.
Porque insisto em querer ser outra pessoa se ela não sabe quem é, ou o que quer ,ou se quer ser? -Talvez inveja. Posso ter inveja e ter consciência disso, não é mesmo? -POSSO, mas não quero.
[Meu grafite deve estar acabando; ou sou eu quem quer acreditar nisso.]
Se eu ainda quero ter faminha? -Claro né! Mas nem todos querem. Eu gosto das pessoas.
Meu joelho está roxo e cicatrizes fazem minhas pernas serem feias. Dói. Minha unha do pé está muito grande; talvez seja preguiça, e elas furam meus tênis. Queria ter os pés no lugar das mãos/ vice-versa; seria mais apropriado.
Não é todo mundo que sofre na infância; eu sofri. Tem gente que nasce como o sol; eu não, acho que nasci à noite.
Eu nem tenho estilo. As pessoas acreditam nisso.
Quero ir pra PORTO, mas quero um violão [para aprender o que eu preciso], queria minhas aulas vocais e minhas roupas [eu queria tudo o que queria ter]. Deveria cortar o cabelo. Talvez eu corte em novembro; não por causa da lua ou coisa parecida; só corto se conseguir a vaga que minha mãe quer, e estou me convencendo de que quero também. Não sei. Acho que minha vida não é minha; pelo menos não mais.

[Esse texto foi exatamente feito para ter sentido algum que você não entenda.]

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Mariana Lopes

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